quarta-feira, 4 de dezembro de 2013





quando fecho os olhos e vejo os seus



terceiro trigésimo
um menino na claridade
uma velha debaixo dágua
não sabe se chove
nunca vai a superfície
um vulto -
cachorro de três pernas
uma matilha




.

domingo, 20 de outubro de 2013

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Day 8

as unhas
absoluto não cessar

e de juventude
choram

tornozelos fracos
pés rachados

tudo que não se pode tocar

para desafogar
não sei se tu, que foi
ou nós, os que ficam

terça-feira, 10 de setembro de 2013

segunda-feira, 27 de maio de 2013

#1

todo toque de dedo partido, olhos partidos, janelas abertas de sal

o respiro

tão livre em circular azul

(e vi braços também, pescoços, pernas feridas)
porque em cada sonhar teu, de chamar o nome quebrando no peito
o sol que se virou
em sorriso:
a terra é quente e úmida

quinta-feira, 9 de maio de 2013

.

(o primeiro que transbordou no seu olho
era inteiro e partiu-se
como crua, a terra
debrulhei em unha
e toda em minhoca
que furiosa mastiguei o seu pesar)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

3o

do dizer - silêncio. em que o peito é bruto
e a casa branca suja de dedo e de dor e a porta amarrada
é chuva
e é espelho
no grito - de dentro
costurei com olho o voar do infinito
pra enxergar perto do fim
a casa de barro
espremi só, e só o fiz por medo
de que o sol sumiu
o sol era menino e era azul, e era em sentir
no ombro que chamei seu nome claro, tão
claro de branco que escondido na luz