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durmo sempre com a boca virada pro orvalho
e desperto bebida de terra
hoje é de lembrar os órgãos ocos
de meninos que não podem crescer
debaixo de laranjeiras
e de cada baga por dentro
imagino o azedo doce gelatinoso desse corpo
daqui, nos limeiros crescem frutos fortes
que secam ainda grudados nos galhos
o despertar de um hoje que não dormiu
foi pra lembrar do que tem debaixo
de cada pedra de um império
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